Agora, é na Turquia.
Uma das coisas que sempre me espanta é facilidade com que os jornalistas transformam qualquer acontecimento internacional numa causa, em que tem de se escolher um dos lados. E ai de quem não escolha o lado certo...
É assim, parece-me, desde sempre.
Convivi durante muitos anos com "enviados especiais" que se distinguiam do noticiário das agências de notícias simplesmente pelo facto de... terem escolhido um dos lados.
Agora, que não há dinheiro para enviados especiais, acontece exactamente o mesmo com os textos escritos no conforto das redacções. Não interessa relatar ou tentar compreender. Não, os acontecimentos têm uma narrativa pré-concebida, com o mundo organizado em "bons" e "maus", e depois é só ir contando a história, com euforia ou tristeza, conforme quem está "a ganhar".
Um exercício tão infantil como as fábulas em que se inspira.
Sem comentários :
Enviar um comentário