Mostrar mensagens com a etiqueta Canções para o resto da vida | Redux. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Canções para o resto da vida | Redux. Mostrar todas as mensagens

Canções para o resto da vida | Redux Edit. 25

Uma canção extraordinária, um intérprete fora de série. Coisas simples.

 
Louis Armstrong 
La Vie en Rose

Canções para o resto da vida | Redux Edit. 24

Há canções que parecem ter existido desde sempre, que juramos ter ouvido mesmo antes de. Esta, por exemplo, é de 2011, e juro que é autobiográfica. Pelo menos no que a mim diz respeito.

Iron & Wine
Tree By Rhe River

Canções para o resto da vida | Redux Edit. 23

É impossível viver sem passar por isto. As prédicas do reverendo Al Green deveriam fazer parte de uma qualquer disciplina obrigatória de educação sentimental. Esta versão ao vivo, então, é qualquer coisa.

  
Al Green  
For The Good Times

Canções para o resto da vida | Redux edit. 22

Bebia uma caixa de ti... you taste so bitter and so sweet.
Do melhor de Joni Mitchell, numa versão de Ana Moura.

 
Ana Moura
A Case Of You

Canções para o resto da vida | Redux edit. 21

Não é fácil, nada fácil, ser romântico por estes dias, em que a aridez da vida quotidiana arrasa qualquer esboço de sonho. A grande resistência, a verdadeira resistência, é por isso, a do coração. E resistir é mesmo a palavra certa.
Richard Hawley, discreto músico de estúdio, é um herói da resistência.

I'm forsaken,
Lost and forgotten


Richard Hawley 
Roll River Roll

Canções para o resto da vida | Redux edit. 19



Nunca tínhamos visto Guimarães assim. E talvez nenhuma música tenha vendido tanta cerveja como aquela de Moby. O nova-iorquino que põe a electrónica ao serviço da pop, sem se deixar trair pelos costumeiros tédios e xaropadas. Hoje, apetece-me Signs Of Love, mas poderia ser qualquer outra.


Moby  
Signs of Love

Canções para o resto da vida | Redux edit. 18

A música, haverá tratados sobre isso, talvez prove a existência de Deus.
Esta canção, cujas raízes se perdem na memória anglo-americana, prova a existência do Diabo. A versão que a celebrizou foi cunhada por Louis Armstrong, em 1928. A de que mais gosto é pouco conhecida - Van Morrison, 2003.


Van Morrison
Saint James Infirmary

Canções para o resto da vida | Redux edit. 17


Elis Regina
Como nossos pais

A canção de Belchior tocava novamente no rádio um dia destes. Já lhe conheci os cantos, soletrei os versos. É estranho ouvi-la nos dias de hoje. Porque estes dias curtos que vivemos matam todas as utopias, as grandes e - talvez mais importante - as pequenas. Os sonhos. Lamentar que "ainda vivemos como nossos pais" é hoje de uma ironia de cortar o coração. E vai piorar.

Canções para o resto da vida | Redux edit. 15

I may know the word
But not say it
This may be the time
But I might waste it
This may be the hour
Something move me
Someone prove me wrong
Before night comes
With indifference 

 
 
Natalie Merchant 
I May Know The Word

Canções para o resto da vida | Redux edit. 14

Uma das mais extraordinárias canções de sempre por uma das mais extraordinárias vozes de sempre. Foi para casos destes que se inventou a expressão "obra prima". E é dizer pouco.

Fairport Convention 
Who Knows Where The Time Goes (1968)

Canções para o resto da vida | Redux edit. 13

É talvez a única canção em que gosto de ouvir o piano eléctrico, um instrumento pobre. E é claramente uma canção de identidade geracional, tal como o autor, aliás. Mas é difícil ouvi-la sem que me assalte um registo autobiográfico, porque o que as canções têm de maravilhoso é essa faculdade de apropriação, através da qual as integramos nas nossas vidas. Esta, em particular, foi-me dizendo ao longo dos anos muito sobre mim, nem sempre o mesmo. Muitas vezes, confundindo a realidade com o desejo, tal e qual como na vida.

 
Paul Simon  
Still Crazy After All These Years
(há várias versões ao vivo no Youtube, nenhuma de que goste tanto como a versão em estúdio, de 1975)

Canções para o resto da vida | Redux edit. 12

Música de dança, with a twist.
Obviamente (it's plain to see...), pelo twist.

 
Fine Young Cannibals
I'm Not The Man I Used To Be (1988)

Canções para o resto da vida | Redux edit. 11

Em 1964, ao quarto disco e apenas dois anos (!) após o início da carreira, Bob Dylan percebeu que não queria ser aquilo que todo o mundo imaginava - líder, fosse do que fosse. My Back Pages é sobre isso mesmo, o jovem que recusa um fato à medida. E estava criado um dos refrões mais poderosos da cultura pop, talvez uma excelente divisa de vida:

Ah, but I was so much older then
I’m younger than that now

A versão dos Byrds, amputada de parte substancial da canção, é ainda assim poderosa.

 
The Byrds 
My Back Pages

Canções para o resto da vida | Redux edit. 10

Traveling Wilburys foi um dos momentos mais peculiares da história da pop. Histórico, pelos nomes que juntou por breves instantes (George Harrison, Roy Orbison, Jeff Lynne, Tom Petty, Bob Dylan), divertido, pelo ambiente de pura curtição, de puro prazer de fazer música. Só num disco assim poderíamos ouvir uma canção ligeirinha ligeirinha de Dylan, uma coisa quase pimba, ácida porém, sobre o amor.


 
The Traveling Wilburys  
Congratulations

Canções para o resto da vida | Redux edit. 9

Por exemplo, esta canção. Tem solos swingantes de guitarra, langorosos de metais. Em fundo de órgão, acordeão, castanholas e piano. Lindo! As canções dos Camera Obscura são do mais perfeito e feliz que se faz. À superfície, claro, como se quer a felicidade contemporânea.


Camera Obscura
Tears For Affairs

Este vídeo é delicioso, na simulação de actuações televisivas dos anos 60. A canção é de 2006.

Canções para o resto da vida | Redux edit. 8

'Nixon' (2000) nem é o melhor disco dos Lambchop, mas foi por aí que comecei. Por um título estranho de uma banda com um nome ainda mais estranho. Às vezes, chego a pensar que tudo obedece a uma qualquer estratégia para dificultar o acesso aos ímpios. Porque as canções de Kurt Wagner vão directas à alma, mesmo quando se duvida que tal coisa exista. De 'Nixon', ficou-me esta pérola de emoção e elegância, escrita por Wagner e pelo enorme Curtis Mayfield. Um título fabuloso - The Book I Haven't Read - para uma canção de amor comovente. As cordas, o coro, a guitarra, ah a guitarra. We could be, we should be in love.


Lambchop
The Book I Haven't Read

Canções para o resto da vida | Redux edit. 7

A nossa dimensão explica muito - não temos público suficiente para que certas indústrias culturais ganhem expressão. E nem vale a pena falar nessa miragem do espaço lusófono.
Mas sempre me pareceu que a dimensão não explica tudo. Há no nosso carácter, na nossa maneira de ser, algo que limita, censura, corta as asas. Que não deixa crescer.
Lembrei-me disto quando hoje revia um filme com banda sonora de Ludovico Einaudi. Interroguei-me se Rodrigo Leão ou António Pinho Vargas não poderiam ter escrito aquela banda sonora, se não poderiam actuar regularmente nas grandes salas de todo o mundo, se não poderiam ser distribuídos e promovidos internacionalmente por uma das majors.
Pelos vistos, não.
E é uma pena que a música de António Pinho Vargas não tenha o lugar que merece à escala planetária.


António Pinho Vargas
Dança dos Pássaros

Canções para o resto da vida | Redux edit. 6

Poucos grupos terão sido tão influentes na história da música pop-rock como os nova-iorquinos Velvet Underground (1964-1973). Não é por acaso que os seus discos (e não são muitos, se pusermos de parte algumas degenerescências) ainda hoje mantêm toda a frescura e força. Melhor, a cada audição atenta, dos seus discos e de tudo o que se lhes seguiu, ficamos com a convicção de que, sim, estavam muito à frente, eram francamente geniais, romperam fronteiras, estabeleceram paradigmas, etc, etc, etc.
A sombra protectora e inspiradora de Andy Warhol (1928-1987) terá sido decisiva, pelo ambiente de criatividade explosiva que gerou. Na banda, avultava a esfinge gélida de Nico (1938-1988), um fogo que ardeu lentamente até à extinção. E, claro, Lou Reed e John Cale, forças criativas por excelência, como as carreiras a solo se encarregariam de demonstrar.
Em 1990, Cale e Reed juntaram-se para gravar uma obra peculiar e extraordinária - Songs For Drella, uma homenagem sentida, à vez emocionada e distanciada, a Warhol.

Desse disco gosto particularmente da última canção.



Lou Reed / John Cale 
Hello It's Me