O momento























A Time desta semana ensina a comer uma sultana. A saborear uma sultana.
É um dos temas com que tenho lidado nos últimos anos - como saborear os meus momentos, numa vida atravessada por tanto mundo.
Vivemos rodeados de informação, no sentido mais amplo, de apelos. Tudo tão intenso, perene, intrusivo. Quando se trabalha em certas áreas, esse apelo é ainda mais pesado. Quando atravessamos momentos de mudanças externas profundas, mais ainda.
Não é fácil, nesse ambiente stressed-out, multitasking - como escreve a Time - reservarmos tempo - simplifiquemos, chamemos-lhe tempo - para nós.
Mais difícil, parece-me, é fazermos como os latinos - carpe diem -, desfrutarmos o momento. Gostamos de conceptualizar, de integrar cada gesto num movimento mais amplo, de dar sentido à vida, como às vezes dizemos.
A felicidade, vamos descobrindo, está nos pequenos prazeres, nos momentos que vivemos sem ligar o complicómetro.
Tudo isto é mais fácil de dizer do que fazer, claro. Mas ter consciência disso é um passo indispensável.

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