uma vez sem exemplo, um pequeno apontamento profissional. mais para memória futura, não vá um dia dar-me a maluqueira de passar tudo a papel.
anda-se nisto há muito tempo e a experiência conduz-nos a conclusões. uma delas é que os media também se definem - e muito - pelo que noticiam, ou decidem não noticiar.
vem isto a propósito de um acto público do governo, que levará à reabertura de um troço da linha da beira baixa, encerrado há quase dez anos, e que é de extrema importância para as gentes daquela zona.
alguns media cobriram o acontecimento, outros não. uns estiveram presentes, outros não. alguns não estiveram presentes, mas fizeram notícia a partir da lusa. note-se que, hoje, com as edições em papel e online, tudo se pode noticiar, o espaço é elástico, com as consequências que se notam - há edições online de media de prestígio que mais parecem lixeiras a céu aberto.
em suma, houve quem noticiasse e quem, sobranceiramente, ignorasse.
curiosamente, os que ignoraram a notícia - e outras notícias haverá com as quais podemos utilizar a mesma métrica - são exactamente aqueles que têm vindo a ser mais abandonados pelos leitores/espectadores. não há coincidências, parece-me.

Sem comentários :

Enviar um comentário