deve ser a minha costela hola!, em versão necessariamente intelectual. adoro textos sobre o pequeno mundo das grandes pessoas. o gossip de políticos, artistas (mas só os upa upa), gente de poder. não confundir, portanto, com a versão parola da hola!, o patético mundo das revistas cor-de-rosa portuguesas.
truman capote, por exemplo, escrevia de forma impiedosa sobre a high society de nova iorque. e aquilo até para nós tinha graça, porque alguma daquela gente entrava-nos em casa, pelo cinema, pela música, pela literatura.

vem a isto a propósito de

a historiadora coqueluche da direita-muito-conservadora-mas-que-quer-dar-ares-de-liberal, maria de fátima bonifácio, escreveu um livro sobre antónio barreto. tem dito a autora em entrevistas (e parece que também no livro), que se trata de uma biografia, mas não é um biografia; que não é autorizada, mas que o biografado leu e até nem discordou.

o texto que sobre esta obra diogo ramada curto escreveu há dias no público é particularmente divertido e demolidor, para a autora e para o biografado.
acho especialmente divertida a ideia de que o nascimento do observador constituiu um momento de ruptura na nossa vida colectiva recente. e também as peripécias à volta da obra definitiva de barreto.

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