one more beginning

vivemos, como diz Steiner, tempos de ocasos. não de ocaso, mas de ocasos.
como se tudo o que conhecemos, que demos por adquirido, estivesse a desaparecer, nos estivesse a ser sonegado.
caminhamos entre ruínas, que é outra forma de dizer que sobrevivemos.
construímos diques, contra os outros e contra as várias versões de nós próprios que fomos deixando à solta.
a frase de steiner - we have no more beginnings - baila-me dentro desde que a li pela primeira vez.
entendo-a, sim. mas tudo farei para a contrariar. uma espécie de dever moral.
claro que temos mais começos, todos os que quisermos.

1 comentário :

  1. Não é bem todos os que quisermos, é mais todos os que pudermos, mas compreendo e comungo desse dever moral.
    Também não sei se são tempos de ocasos ou de acasos, mas isso agora não interessa nada,

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