Portugal, 2015

o fulano com quem mais me custa concordar escreveu mais um artigo genial, absolutamente genial.
apenas duas notas:
a) discordo do último parágrafo, demasiado conjuntural.
b) acrescento um ponto que me parece estar subjacente, mas objectivamente ausente: em PT, não se pensa fora da caixa, não se quebra o status quo. tudo o que se pensa/diz/escreve é meramente instrumental. nos últimos anos, o que mais me dói é perceber que mesmo na minha família político-cultural tudo se move por interesses, num evidente jogo de xadrez, em que as peças mimetizam simetricamente a situação, num calculismo sufocante, com o único objectivo de a substituírem, e sem qualquer programa ou sequer vontade para mudar, mudar mesmo.

na semana passada, jpp já tinha escrito outro texto brilhante sobre o content marketing, perdão, o jornalismo económico.
curiosamente, também discordo do último parágrafo: a imprensa económica não foi remetida para qualquer tipo de colateralidade pelo facto de ter sido megafone do antigo status económico-empresarial-político. não, a imprensa económica está em acelerado processo de ajustamento (nunca deixou de estar...) e já encontrou novos donos a quem dar a voz.

1 comentário :

  1. Também me custa imenso concordar com esse senhor, e nos últimos tempos esta é a segunda vez que acontece. Será da idade?

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