estamos na época das listas. lembrei-me disso porque vi alguém (alguéns) por aí a protestar contra as listas. as pessoas protestam contra as listas da mesma forma e pelos mesmos motivos por que protestaram contra o calor no tempo do calor e contra a chuva no tempo dela. as pessoas habituaram-se a protestar e fazem disso um estilo de vida. fazem disso a vida e isso é uma coisa que me faz uma confusão do caraças. porque protestar por protestar é uma coisa que ocupa tempo e até espaço e as pessoas assim ficam com menos tempo e espaço para viver. mas eu apenas registo e não protesto. quero lá saber. é o protesto, perdão, a vida delas.

mas o que eu queria mesmo era protestar contra a lista da rolling stone dos melhores discos do ano. a rolling acha que ainda determina o cânone da indústria musical, mas já não determina. também não convém dizer-lhes isso, como naquela história do fulano que está morto e ainda ninguém o avisou. até porque a rolling stone não está morta - long live rolling stone - e ainda é uma revista bem jeitosa. é aliás frequentemente melhor que as congéneres (que bela palavra) até algumas similares, já para não falar das concorrentes.

mas onde é que íamos mesmo? ah, nos u2... melhor disco do ano? get a life rolling stone.
olha, antes música para encantar camelos!


Tinariwen - Toumast Tincha [Emmaar, 2014]

2 comentários :

  1. O melhor de 2014: http://emissaocircuitofechado.blogspot.pt/2014/12/99-o-melhor-de-2014-em-tons-de-azul.html

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  2. jazz, blues e soul dão sempre boas listas :)
    este ponto de vista tem aspectos de que gosto:
    http://www.stereogum.com/1721100/the-50-best-albums-of-2014/list/
    no mainstream, estou com curiosidade sobre esta contagem crescente:
    http://www.theguardian.com/music/series/best-albums-of-2014

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