o libé


Les jours noirs d’un quotidien


O libé nunca foi o meu modelo de jornal, mas é um dos jornais que mais gosto de comprar.
Assim:
Nunca pratiquei o jornalismo de causas, nunca entendi o jornalismo como um panfleto (coisa bem diferente - defendo - é o alinhamento ideológico/cultural dos media, que nos falta; o penoso declínio do DN e do Público tem como uma das causas mais fundas a esquizofrenia ideológica em que vivem há décadas, a falta de alinhamento cultural).
Não sendo adepto do jornalismo de causas, entendo, porém, que ele deve existir, faz falta (como se diz, é um trabalho sujo mas alguém tem de o fazer).
E o libé é o melhor exemplo desse jornalismo de causas. Acutilante, interventivo, vivo. De esquerda, francês, petulante. Assumido. Como também o é, à sua maneira, o Le Monde, outro caso peculiar.
O declínio destes jornais entristece-me particularmente, porque sempre entendi os media como o palco central da diversidade de vozes de que se faz uma democracia. Talvez até mais que a política.

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