a nossa vida, esquecemo-nos tantas vezes, é feita de pequenos momentos. de acasos, sim, mas também de muitos gestos, da nossa vontade. da vez em que dissemos sim quando antes dizíamos não, da momento em que decidimos tomar naquele dia o outro caminho para casa, do instante em que vimos pela primeira vez aquilo para que já olháramos vezes sem conta, de pegar no telefone e fazer a chamada tantas vezes adiada, de pegar no mesmo telefone e fazer a chamada que até a nós próprios surpreende, de descobrir num olhar o olhar, de bater com a cabeça na parede porque sim, de sair à rua quando tudo aconselhava a ficar, de voltarmos quantas vezes quisermos aos lugares em que fomos felizes, de voltar até aos lugares em que fomos infelizes, de acordar quando tudo dorme, de começar a ler livro pelo fim porque não interessa como acaba mas sim como se lá chega, de tomar o comprimido para dormir porque é preciso dormir, de arranjar um gato quando não se pode ter um cão, de nos sentirmos imortais todos os dias em que acordamos, de dizer, de te dizer, finalmente, que

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