Um santo chamado Álvaro

Álvaro Cunhal voltou por estes dias às primeiras páginas, a propósito do 100.º aniversário.
Por preguiça dos jornalistas, falta de memória colectiva, profissionalismo dos seus sucessores, a tradicional devoção e benevolência perante os mortos, ou simplesmente porque estes tempos agrestes convidam à criação de mitos bondosos, a verdade é que, salvo raríssimas excepções, o que está a ser publicado não é mais que uma doce, ronceira e patética hagiografia.
Estranhos tempos, estes.