Canções para o resto da vida | Redux edit. 13

É talvez a única canção em que gosto de ouvir o piano eléctrico, um instrumento pobre. E é claramente uma canção de identidade geracional, tal como o autor, aliás. Mas é difícil ouvi-la sem que me assalte um registo autobiográfico, porque o que as canções têm de maravilhoso é essa faculdade de apropriação, através da qual as integramos nas nossas vidas. Esta, em particular, foi-me dizendo ao longo dos anos muito sobre mim, nem sempre o mesmo. Muitas vezes, confundindo a realidade com o desejo, tal e qual como na vida.

 
Paul Simon  
Still Crazy After All These Years
(há várias versões ao vivo no Youtube, nenhuma de que goste tanto como a versão em estúdio, de 1975)

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