O almoço

Dois Papas estão hoje a almoçar. Que fabuloso cenário de ficção... Imagino-os sentados numa varanda, cenário idílico, celestial mesmo, contemplando a obra do Criador. Ou talvez chova em Itália e estarão numa sala escura, mesa grande, com um frade que entra e sai e lhes serve perdiz, talvez bifinhos de peru com cogumelos. Ou será que estão na sala de jogos, de volta de uns cachorros, nos intervalos do pingue-pongue? O Deus que os guia diverte-se com cada coisa...

[palavras.]

landslide é um palavra inglesa que tenho encontrado bastante nos últimos tempos.

Canções para o resto da vida | Redux edit. 19



Nunca tínhamos visto Guimarães assim. E talvez nenhuma música tenha vendido tanta cerveja como aquela de Moby. O nova-iorquino que põe a electrónica ao serviço da pop, sem se deixar trair pelos costumeiros tédios e xaropadas. Hoje, apetece-me Signs Of Love, mas poderia ser qualquer outra.


Moby  
Signs of Love

Março, in memoriam [reformulado]

Casa Pia. Assisti ao inicio de um processo (!) num jornal enlouquecido (a primeira página do superjuiz...). Talvez o mais fundo golpe.
Iraque. Uma guerra sem sentido - ainda há dúvidas? - num mundo em perda de racionalidade.
Morte de Chávez. Memória de duas semanas de perplexidade, há uma década. Foi mais o não dito que o escrito.
Bruxelas. Um sábado.

Canções para o resto da vida | Redux edit. 18

A música, haverá tratados sobre isso, talvez prove a existência de Deus.
Esta canção, cujas raízes se perdem na memória anglo-americana, prova a existência do Diabo. A versão que a celebrizou foi cunhada por Louis Armstrong, em 1928. A de que mais gosto é pouco conhecida - Van Morrison, 2003.


Van Morrison
Saint James Infirmary

Traço de sol e verde entre ruínas, com recortes de árvores em céu azul, Lisboa centro


Canções para o resto da vida | Redux edit. 17


Elis Regina
Como nossos pais

A canção de Belchior tocava novamente no rádio um dia destes. Já lhe conheci os cantos, soletrei os versos. É estranho ouvi-la nos dias de hoje. Porque estes dias curtos que vivemos matam todas as utopias, as grandes e - talvez mais importante - as pequenas. Os sonhos. Lamentar que "ainda vivemos como nossos pais" é hoje de uma ironia de cortar o coração. E vai piorar.