Kyozan Joshu Sasaki Roshi (1907-2014), "teacher and companion" of Leonard Cohen:
The older you get, the lonelier you become, and the deeper the love you need.

all the pictures that's fit to web: photokissin'
o prós e contras, uma invenção de emídio rangel (embora com formato alterado), é um dos objectos mais absurdos da tv portuguesa.
a rtp, serviço público, deve ter um programa (ou mais), em que os temas centrais da nossa vida colectiva sejam analisados sob vários ângulos e em cujo debate se confrontem os vários interesses em jogo.
porém, o formato e o estilo de apresentação transformam o prós e contras em algo que ficará a meio caminho entre a conversa de um taxista no barbeiro e um torneio de cabeleireiras.

por motivos que não consigo identificar, as pessoas que normalmente acompanho no twitter vêem religiosamente o prós e contras. vêem e comentam. o prós e contras e, na verdade, tudo o que mexe na televisão.
mas o prós e contras vêem apenas para dizer mal. e conseguem estar a dizer mal, durante duas horas e tal, todas, mas mesmo todas as semanas.
são pessoas, algumas delas, nem todas, pelas quais tenho alguma estima, vá lá, intelectual. o que me dificulta a análise - aquelas pessoas não têm mais nada que fazer à segunda-feira à noite? que mecanismo de atracção pelo horror as levará a ficarem coladas à televisão tantas horas seguidas? coladas à televisão e ao computador, a twitar?

marcelo rebelo de sousa e miguel sousa tavares tinham previsto, nos comentários da semana passada, que antónio costa ganharia as eleições primárias no ps, mas por uma pequena margem.
erraram. e muito.
esta semana, reagiram exactamente com o mesmo argumento: talvez tenha sido o terceiro frente-a-frente que mudou a opinião das pessoas.
ora as pessoas, leia-se os simpatizantes (a maioria dos que votaram), inscreveram-se para votar precisamente porque já tinham uma opinião formada e queriam expressá-la.
a não ser que tivesse havido uma hecatombe, os debates não iriam mudar nada. não houve hecatombe e, com mais ou menos molho, ambos os candidatos estiveram dentro daquilo que deles se esperava.
mas, claro, mrs e mst não se conformam com a realidade, ou que a realidade interfira com o seu pensamento. vai daí, há que culpar a realidade por não se ter comportado da forma que eles previam.

as primárias do ps deram origem às mais desvairadas formas de debate televisivo, especialmente após os frente-a-frentes e na noite eleitoral.
tivemos de tudo: jornalistas puros, comentadores que não se sabe com que qualidade (em todos os sentidos...) falavam, jornalistas que não se sabe onde exercem profissão, políticos no activo, na reforma e na calha para sabe-se lá o quê... enfim, um desvario.
e tivemos isso tudo cruzado. ou seja, houve debates em que havia gente de todos os qualidades, numa algazarra em que o espectador menos esclarecido acaba literalmente enganado.
e convive-se com isto, como se isto fosse normal.
Adele is one of the most acclaimed soul singers of her generation. But now she's earned major "Respect" from the all-time greatest, Aretha Franklin, who's shared her cover version of "Rolling in the Deep". Franklin gives the 2011 smash a fiery makeover, tossing off melismatic vocal runs and even incorporating the chorus from Marvin Gaye and Tammi Terrell's Motown classic "Ain't No Mountain High Enough."

Brass Wires Orchestra - Tears of Liberty (*)


(*) @ Biblioteca da Cruz Vermelha Portuguesa


At The New Yorker’s Midtown offices, a wall of covers arranged in chronological order shows a distinct change in tone. Today, the magazine’s covers, which have been drawn or painted by artists each week since its founding in 1925, frequently reflect, or subvert, the news.

Neil Young - My Hometown

Jonathan Franzen:

But then a funny thing happened to me. It’s a long story, but basically I fell in love with birds. I did this not without significant resistance, because it’s very uncool to be a birdwatcher, because anything that betrays real passion is by definition uncool. But little by little, in spite of myself, I developed this passion, and although one-half of a passion is obsession, the other half is love.

The prospect of pain generally, the pain of loss, of breakup, of death, is what makes it so tempting to avoid love and stay safely in the world of liking. And yet pain hurts but it doesn’t kill. When you consider the alternative — an anesthetized dream of self-sufficiency, abetted by technology — pain emerges as the natural product and natural indicator of being alive in a resistant world.

Luke James - Dancing In The Dark



de Leonardo Negrão (via facebook), o meu repórter fotográfico preferido
Faz tempo eu quero descansar
E ver as coisas por aí
Viver conforme o que vier
Só precisar do que eu tiver

My sweet Lord
Hm, my Lord
Hm, my Lord

Faz tempo eu quero passear
E estar por conta de viver
Fazer o que quiser de mim
Me libertar da vida

I really want to see you
Really want to be with you
Really want to see you, Lord
But it takes so long, my Lord




O Boss faz hoje 65, a mítica idade da reforma. A idade, para o bem e para o mal, já não é o que costumava ser. E os bosses não se reformam. Enfim, alguns... outros nem deveriam ser autorizados a começar.
Da vaga cohen-celebratória do fim-de-semana, guardo duas memórias (e recupero outra).

Uma pequena e divertida entrevista (coitada da moça...), que desconhecia.



E um texto do New York Times que me fez lembrar outro, que escrevi há 15 anos (as pessoas escrevem cada coisa...).


não gosto de cadeias, daquelas que há no facebook e das outras, claro.
de listas, gosto quando me apetece gostar, outras vezes não.
há dias, no facebook desafiaram-me a fazer uma lista dos dez livros que mais me marcaram. estava em dia sim. e o desafio vinha de um amigo, não de uma amigo de facebook.
em 5 minutos, fiz a lista que se segue. eventualmente, nos 5 minutos seguintes a lista teria sido outra. não sei... a verdade é que acho uma certa graça à lista. estes dez livros têm estado presentes na minha vida, alguns reli-os, pelo menos um mais que uma vez, outros são presença constante. todos juntos representam, de facto, um pouco do que sou. ou do que gostaria de ser, o que, para o caso, é o mesmo.


1. Séneca - Cartas a Lucílio
2. Wittgenstein - Tractatus Logico-Philosophicus
3. The Rolling Stone Enciclopedia of Rock'n'Roll
4. Camilo Castelo Branco - Amor de Perdição
5. Eça de Queirós - A Cidade e as Serras
6. Eduardo Prado Coelho - Tudo O Que Não Escrevi
7. Alexandre O'Neill - Poesias Completas
8. Cormac MacCarthy - A Estrada
9 . Marguerite Yourcenar - As Memórias de Adriano
10. Rubem Fonseca - A Grande Arte
Sometimes you need a stranger to talk to
Sometimes you need to go to the observatory
Sometimes a movie star’s eyes
gets you through the love and the lies

Sometimes you need a stranger to walk with
Sometimes you need to go to the dog park
Sometimes a movie star’s spark
gets you through the dark
Sometimes a movie star’s bark
bites you hard a birch on a lark

I’m so tired of writing of cities
Guess that you’ve guessed which one this is
Sometimes a movie star’s eyes
get you through the love and the lies
Sometimes a movie star’s kiss
let’s get lost in Los Angeles

Sometimes you need a stranger to talk to

Banda do Mar - Vamo Embora (audio)

você gruda nesse corpo
desculpa se eu ficar mudo mas
o tempo que eu tenho é pra voar

yesterday is another country. and the borders are closed.
ouvido numa série de televisão

alt-J - Every Other Freckle [Girl Version Video]

the fabulous songs of burt bacharach and hal david (4)

This Guy's [Girl] In Love With You [Sammy Davis Jr. / Ella Fitzgerald]



red lipstick and a winged eyeliner

"I don't Instagram pictures of myself for people to be like 'Wow, that looks really sexy,'" she says. "I take pictures of cute kittens, or when the ocean looks nice, or of a funny sign I saw in an airport." This philosophy extends to sexiness IRL as well: "I like a more classic look," she says. "I always go back to Audrey Hepburn and Grace Kelly. Red lipstick and a winged eyeliner — I think that looks nice."
O evento anual da Apple serviu este ano para anunciar a enésima versão de um telemóvel Samsung: o iPhone 6.
Não há volta a dar: esta já não é a Apple. Vai continuar a vender - a inércia da moda tem muito poder -, mas já não é a Apple. Que inovava e não seguia.
Na foto: um relógio digital, com sistema Android, que pode ser comprado por 198 euros em vários sites.

the fabulous songs of burt bacharach and hal david (3)

I Just Don't Know What To Do With Myself [Dusty Springfield / The White Stripes]



o melhor destes dias é o som. da chuva serena e persistente. a fúria das nuvens.