eu, aos 52

god knows how i adore life
when the wind turns on the shore lies another day
i cannot ask for more

and when the timebell blows my heart
and i have scored a better day
well nobody made this war of mine

and the moments that i enjoy
a place of love and mystery
i'll be there anytime

oh mysteries of love where war is no more
i'll be there anytime

and when the timebell blows my heart
and i have scored a better day
well nobody made this war of mine

and the moments that i enjoy
a place of love and mystery
i'll be there anytime

mysteries of love where war is no more
i'll be there anytime

toda a minha vida está aqui. talvez apenas entendível pelos pássaros, ou pelas luas de maio. releio o que aqui deixo sem escrever e comovo-me com a beleza do que fui adivinhando. um ano de tempestades e de coisas lindas de morrer. perceber que não posso programar a felicidade, talvez a maior lição destes cinco meses. e que por isso mesmo fui feliz o tempo todo, porque nada pedi e muito fui tendo. e que houve males que vieram por bem - é sempre assim, aliás. porque só o melhor pode acontecer, mesmo quando o pior teima em comparecer. foi assim, vai ser assim.



a minha canção preferida dos stones. eles hoje vêm ver-me ao rock in rio.

selfie



you got me where you want me, where you want me
and no one's gonna show you the way
when it gets cold, you can find yourself, babe
back in the hole from which you came
and everything will fall into place
prateleiras de livros por arrumar, cd que procuram as caixas, caixas que se perdem dos cd, roupa por dobrar, papéis por deitar fora, um armário desconjuntado, uma parede por limpar. deixei que o caos se instalasse, convidei o caos a instalar-se. foco-me, tento focar-me, no essencial. um ascetismo calculado, razoável e com prazo de validade, se bem que incerto. ponho o tempo ao meu serviço e deixo de servir o tempo. só durante algum tempo. depois, logo se vê. o depois não é agora importante.

metronomy / love letters

a vida é muito mais simples. É como um rio. Se vir a origem dos rios, impressiona. A origem do Tejo ou do Volga é uma coisinha. Nem se percebe como dá aqueles rios enormes. A imagem do rio é a da vida. A única escolha do rio é que não tem escolha: vai por ali fora, por onde a montanha deixa. No rio humano, fazemos escolhas. Tirando isso, gosto mais da metáfora do rio do que da narrativa.

Maria de Sousa, Público
I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete

Oh! Simple thing, where have you gone?
I'm getting tired and I need someone to rely on

I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?

Oh! Simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on

So tell me when you're gonna let me in 
I'm getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?

It's true
I had a dream, you were leaving
It's hard to be a lover when the TV's on
And nothing is in your eyes

I had a dream, you were leaving
When every atom falling in the universe
Is passing through our lives

On "Your Love is Killing Me", her singing is so tremendously powerful it trembles at the edge of intelligibility. Listen to the way she sings "Your love is killing me"—almost all of the hard consonants disappear from the words, and they become a howl. It is, frankly, knee-buckling. The ability of a human voice to induce this weakness is one of the most profound and mysterious things music can do. When it happens, you go quiet, just for a moment. After it's over, the machines start whirring again as you attempt to explain to yourself where your faculties just went.

Comunicação

Um dos aspectos mais delicados para quem trabalha na área da Comunicação é lidar com as expectativas de certos patrões para que tomemos conta de alguns dossiers sujos, ou dos aspectos sujos de alguns dossiers.
Trata-se de algo que advém da velha confusão na gestão dos lóbis - uma coisa é o lóbi na sua forma canónica, ou seja, o trabalho de influenciar nos bastidores; outra, bem diferente, é o tráfico de influências, que, além do mais, convive com as fronteiras da criminalidade.

Acontece que a disciplina da Comunicação não lida com nenhuma dessas vertentes.

new year's resolution / revisão de maio

all i ever wanted was someone to rely on
all i ever wanted was somewhere to call home



(espantoso, como mesmo em tempos de grande turbulência mantemos claras as nossas prioridades)

from france, avec love



isto é um gigantesco pastiche - ou não fosse made in france - mas ouve-se muito bem.

a aventura da vida começa na música, eu sabia

why other people have such bad taste



Sou, afinal, de uma banalidade confrangedora - também eu cristalizei na banda sonora do 'Titanic' e em especial na pessoa de Celine Dion todo o meu ódio musical. Pelos vistos, é uma doença quase tão global quanto o sucesso da moça. Partir dessa dicotomia face a Celine para uma reflexão mais genérica e profunda sobre o gosto musical é uma ideia brilhante. Há uns anos, cheguei a escrever a sinopse e a recolher bibliografia para algo do género - faltou-me, está visto, a inspiração titânica.

um momento raro na música portuguesa (da minha rua para o mundo)

conheço esta cara da padaria (ou será do talho?). e já subi e desci aquelas escadas centenas ou milhares de vezes, eventualmente nunca a dançar. só não conheço aqueles interiores... tenho que começar a conviver mais com a vizinhança.

The Jazz Standards


Comecei finalmente a ler um dos mais fantásticos presentes que me ofereci nos últimos anos - The Jazz Standards, de Ted Gioia, uma volumosa história da música americana do século passado. A referência ao jazz no título é relativamente enganadora, já que muitos destes temas extravasam claramente o território da música afro-americana (muito interessante a presença da bossa nova, por exemplo). Trata-se, antes, de uma viagem ao cancioneiro americano, a que 'apenas' falta a fatia pop-rock da segunda metade do século (nada que não se resolva com a velhinha Rolling Stone Encyclopedia of Rock & Roll...).
Para que o prazer seja ainda mais intenso, a leitura é acompanhada pela lista que um amigo americano construiu no Spotify, na qual podem ser escutadas as mais de duas mil canções/versões constantes do livro (obrigado Jim Higgins).

 "Os nossos sonhos desaparecem se não os partilharmos."

how was I supposed to know

como se não tivesse sabido sempre, 

and all them love sick songs... well, they got true meaning

um pedaço do meu coração faz hoje 18

For they told you life is hard
Misery from the start, it's dull,
It's slow, it's painful
But I tell you life is sweet
In spite of the misery
There's so much more, be grateful
So who will you believe
Who will you listen to
Who will it be
Because it's high time that you decide
It's time to make up your own
Your own state of mind



your  daddy, the war machine, the iron man, a battleship wrecked on dry land