the seven year itch

o melhor gerador de efeitos marylin da cidade de lisboa fica na esquina do lg camões com a r da misericórdia. estão a prever ondas de 13 metros entre sábado e domingo. desire em castelhano diz-se ganas e soa muito bem.

could it be that you you are the one


Joan As Police Woman 
The Classic (2014)
faz sete anos que embarquei para uma viagem à china.
aterrei num estranho 14 de fevereiro.
faz sete anos, só isso.

claro que todas as outras são só para namorar, casar, casar só com a natalie merchant



Look out she's coming at ya
Big dark eyes like Cleopatra
The eyes of a femme fatale
Bet you get the ominous feeling
A cold blooded creature in the
Dark is stealing toward you
You best beware, take care
She's better than a work of fiction
Half ingénue, half a vixen
Your little paper doll
But brother she's a wicked sister
Subtle and sly, watch it mister
And take my advice, stay away
Or number your days

Opiate clouds surround you
An addiction to love has found you out
Half out of your mind
Fool, when I think about you
I want to wrap my arms around you
And tell you more than words can say

She devil, she conquer
She devil, you want her
You're unaware tonight
Of the danger everywhere

My poor little sleeping giant
Dreaming warm and silent
Where has your Delilah gone?
Why don't you wake and see through
Every way that she's deceived you
How she moves within?

See, everything the woman touches
It withers and dies in her clutches
Why should your fate be
Any different from these?

Oh, well I've heard about you
Every word that's said about you
The man in the silvery web
He fell for the sweet persuasion
Of a black widow spider
Now nothing can save him
It's just a matter of time

estávamos só a trocar cromos, juro

espero que ninguém tenha feito fotos ao almoço. o meu telemóvel esteve todo o tempo à vista.

life behind bars


a song for the pope (rolling stone mood)

"A Publicidade Subliminar"

E, por outro lado, há vida inteligente, até no Facebook.
Comentava-se uma entrevista que está para sair:


damn stupidity (*)

Cinco minutos no Facebook e nem tanto no Twitter:
1. Gente estúpida enerva-me.
2. Também nisso parece que tenho tido uma sorte do caraças - a percentagem de estúpidos que tem passado pelas minhas várias vidas é incrivelmente inferior à amostra das redes sociais.

(*) gosto da definição da wikipedia.

disney about us

o dia em que a expressão 'oh my god' ganhou um novo significado na cultura popular


Canções para o resto da vida [desert island selection .17]

I practice every day to find some clever lines to say 
To make the meaning come true

Esta canção é chantilly. Superficial, dispensável, irresistível.
Robbie Williams e Nicole Kidman pegaram no chantilly e fizeram um éclair. Não faço ideia do que quero dizer com isto, mas soa-me bem e o éclair é um dos meus pecados favoritos.
A graça desta versão está no vídeo e nas alusões sado-maso que põem a um canto o incesto da versão Sinatra.

Robbie Williams + Nicole Kidman 
Somethin' Stupid

Quizz do dia

Perceber, nos jornais de hoje, onde acabam os anúncios da TMN e começam as notícias do Meo.

lx type

Lisboa tem agora um tipo de letra, vem nos jornais. Principal característica: a fraca legibilidade. 

conta lá, helena

Sobre a lenta combustão pública do Bloco

Os únicos contactos que tivémos foram da (minha) esfera profissional. E apenas registei que não são gente séria.

Canções para o resto da vida [desert island selection .16]

Oh I don't think that we can really be friends 
But i'll try again

[Nota: o conteúdo deste post apenas será integralmente compreendido se a canção que dele consta for ouvida em formato digital original em dispositivo apropriado, com a amplificação elevada. Não se compreende, de resto, que a União Europeia legisle sobre o espaço vital das galinhas nos aviários e seja incapaz de determinar condições mínimas obrigatórias para a audição de música, o que excluiria, por exemplo, o manhoso do Youtube, computadores made in Korea e mesmo alguns automóveis de construção duvidosa. Obrigado pela atenção.]

É possível não gostar de música? É possível não se emocionar com a música? Tudo é possível e os tempos que vivemos têm-se encarregado de mostrar que o mundo, além de composto de mudança, adora a diversidade.
Gosto de dar o exemplo desta canção dos Camera Obscura quando se fala de emoções relacionadas com a música. É possível ouvir as pontes desta canção [min: 02:05-02:50 e 03:30-final, especialmente a primeira] sem ser atravessado por uma, nem que ligeira, comoção?


Camera Obscura 
Careless Love

O momento























A Time desta semana ensina a comer uma sultana. A saborear uma sultana.
É um dos temas com que tenho lidado nos últimos anos - como saborear os meus momentos, numa vida atravessada por tanto mundo.
Vivemos rodeados de informação, no sentido mais amplo, de apelos. Tudo tão intenso, perene, intrusivo. Quando se trabalha em certas áreas, esse apelo é ainda mais pesado. Quando atravessamos momentos de mudanças externas profundas, mais ainda.
Não é fácil, nesse ambiente stressed-out, multitasking - como escreve a Time - reservarmos tempo - simplifiquemos, chamemos-lhe tempo - para nós.
Mais difícil, parece-me, é fazermos como os latinos - carpe diem -, desfrutarmos o momento. Gostamos de conceptualizar, de integrar cada gesto num movimento mais amplo, de dar sentido à vida, como às vezes dizemos.
A felicidade, vamos descobrindo, está nos pequenos prazeres, nos momentos que vivemos sem ligar o complicómetro.
Tudo isto é mais fácil de dizer do que fazer, claro. Mas ter consciência disso é um passo indispensável.

shades of yellow / sun from down under

Canções para o resto da vida [desert island selection .15]

I would promise you all of my life 
But to lose you would cut like a knife

Homem não chora, pelo menos em público. Homem que é homem não admite que gosta (das canções) de George Michael.
Eis então uma canção de que não gosto.
Esta versão ao vivo, quase unplugged, é mais interessante que a original, gravada a solo na fase final dos Wham (anos 80), especialmente pela introdução do coro feminino.
O George Michael tem outras grandes canções, o que, convenhamos, pode ser um problema.


George Michael
A Different Corner

(almost) only light that never goes out, even when it does


tropeças num nome, fixas-te no nome, toda a tua vida passa a ter um nome.

Canções para o resto da vida [desert island selection .14]

Moi je t'offrirai 
Des perles de pluie 
Venues de pays 
Où il ne pleut pas

Serão umas dezenas - não exagero - as canções de Brel de que gostaria de nunca me separar. Uma espécie de caixa de primeiros socorros para o coração... e a cabeça. Brel tem a justa medida de ternura e ironia de que tento construir os meus dias [conferir, por exemplo, aqui].
Ne Me Quitte Pas assume nessa lista o papel de cânone.

[Nota: esta interpretação, assombrosa, foi colocada no Youtube pelo instituto do audiovisual francês, um exemplo de como se protege a cultura.]


Jacques Brel
Ne Me Quitte Pas

prazeres da horta

O Fernando Alves contou hoje de manhã a história do avisador de marés, um fulano que se passeia pelas praias frias do norte de França, alertando os banhistas para os caprichos do mar. Pelo nome e pelo resto, tem potencial de romance.
Mas o que me prendeu mesmo foi uma história do bloco de economia, minutos antes na mesma TSF.
Um empresa portuguesa está a comercializar uma aplicação que dispensa a ida à horta. Confortavelmente, a partir do sofá, podemos determinar a plantação de alfaces ou a colheita de feijões, que alguém fará por nós. Com uma webcam, acompanhamos o processo.
Uma espécie de derivação de um famoso jogo do Facebook, em que milhões de pessoas têm consumido os poucos neurónios com que foram brindadas pela Natureza.
Na prática, esta empresa terá inventado a maneira de anular o único interesse das hortas urbanas - meter as mãos na terra.
Por essa translação do princípio do prazer, mas também pela similitude da ausência de enredo (assistir ao crescimento dos nabos.... buah), estamos verdadeiramente em terrenos da pornografia.
uma espécie de natação. incapaz de compreender gestos tão simples como respirar à superfície, o corpo condena-me a um risível destino. uma espécie de música, da qual não consegues sair para respirar o mundo. e morre-se disso? sei lá, testo os limites.

mini

Desilusão de fim-de-semana - afinal, nem todas as miúdas que conduzem minis são giras. Constato a partir de dois casos, mas estatisticamente basto-me com leves impressões. Agora vai ser necessária uma grande excepção para repor a normalidade.

epifania

hoje percebi que o compal de pêra faz parte do meu acervo afectivo.
ten days of perfect tunes
the colors red and blue
we had a promise made
we were in love

1900 caracteres

na time out de hoje dou cinco estrelas ao novo dos you can´t win, charlie brown. exagero, provavelmente. penso, porém, que eles também me dariam cinco estrelas se me conhecessem.
na capa, uma singela homenagem à famosa foto de simone de beauvoir, a surpreendente amante do presidente hollandês.


Canções para o resto da vida [desert island selection .13]

Não, não fuja não 
Finja que agora eu era o seu brinquedo 

Escolher uma canção de Chico... Hum... isto não vai correr bem. Chico Buarque é um dos nomes maiores das canções em língua portuguesa de todos os tempos. Não lhe conheço canção que não seja perfeita e não há canção dele que não me toque.
Nas canções políticas, por exemplo, comparo-o muito a Dylan, pela forma interventiva como, não apenas descreve as situações, mas aponta linhas de acção, sem no entanto se comprometer em excesso. O modo como se compromete de forma não alinhada.
E depois há as canções de amor, de uma sensibilidade e emotividade únicas, significativamente muitas delas escritas para serem cantadas por mulheres.
Escolho uma canção que, de certa forma, até pode ser considerada menor. Aliás, apenas a letra é de Chico, a música, uma simples valsa, é de Sivuca. Esta é a versão original, com Nara Leão.
Gosto do amor descrito, assim, como brincadeira de crianças. Mesmo que, como de costume, os adultos estraguem a estória.


Chico Buarque e Nara Leão 
João e Maria

can´t remember to forget you ;)


go gentle



You're gonna meet some strangers
Welcome to the zoo
Bitter disappointments
Except for one or two
Some of them are angry
Some of them are mean
Most of them are twisted
Few of them are clean
 
Now when you go dancing
with young men down at the disco
Just keep it simple
You don't have to kiss though
 
Don't waste time with the idiots
that think that they're heroes
They will betray you
Stick with us weirdos
 
Don't try to make them love you
Don't answer every call
Baby be a giant
Let the world be small
Some of them are deadly
Some don't let it show
If they try and hurt you
Just let your daddy know
 
Now when you go giving your heart
make sure they deserve it
If they haven't earned it
Keep searching, it's worth it

por inteiro, sem regras, sem medos, sem controlo

um post emprestado que resume este blogue:

Dar o eu a Eusébio

Imagem de uma sessão publicitária para o sabonete Lifebuoy.
Foto de Alberto Peres, publicada no Facebook pelo filho, Bruno Peres



































No último congresso de escritores a que assisti, já não sei em que desabotoada estância mediterrânica, um romancista búlgaro que comigo partilhava o ascensor directo à sala das sessões, exclamou, ao saber que eu era português:
- Portugal?... Eusébio!
E sorria tão candidamente que eu achei inútil perguntar.lhe pelo iogurte ou - o que seria mais engraçado - mostrar-lhe que conhecia o poeta nacional búlgaro Christo Botev. De facto é reacção muito do escritor invejar a popularidade do futebolista. Mas, afinal, porquê? O futebol é um desporto de massas; a literatura nunca o foi. Quando chegámos à sala das sessões, eu e o búlgaro, simulando chutos e esquivas, ríamos e dizíamos um ao outro, a escandir bem as sílabas, «Eu-sé-bi-o! Eu-sé-bi-o», como se este nome próprio fosse a palavra de passe para um bom convívio.
Os índices de popularidade de uma estrela de futebol e de um bom escritor não podem ter comparação. (Vocês já pensaram o que seria um bom escritor com a popularidade de uma estrela de futebol?...). Não vale a pena, assim, que o-escritor-nem-sequer-bom passe a vida a dizer ao frustrado do filho: «Ponha os olhos no seu pai... Vá mas é para futebolista!», para insinuar que há incompatibilidade «histórica» entre génio e eusébio, entre talento e provento.
Este preconceito contra o futebol, que enraíza na verificação (justa) de que os estados autoritários protegem as artes do chuto até elas se atrofiarem em espectáculo-canalizador-de-energias em política-da-bola, etc., não relevará, igualmente, de um preconceito aristocratizante contra as actividades braçais, neste caso pernais? Um pouquinho, acho que sim.

*

Uma coisa me consola, Eusébio. É que não fui eu quem cobriu Você2 de adjectivos, de ápodos, de cognomes mais ou menos imaginosos. Não fui eu quem disse que Você2 era a pantera, o príncipe, o bota de oiro, o relâmpago negro, o coice para a frente, o astropata. Também não fui eu quem disse que o seu nome era Eusébio.

*

Outra coisa me consola, Eusébio. É saber que a imensa popularidade que acompanha o seu nome não deitou a perder o proprietário desse nome. Você é naturalmente modesto e assim se tem mantido. Já não garanto que com Rei Pelé se passe3 o mesmo. Ele foi visitar o Presidente em Washington, ofereceu-lhe uma bola autografada, não sei se ajuda moral nos maus momentos que o Pacificador da Indochina tem vindo a passar portas e microfones adentro4, enfim, multiplicou-se em gestos em relação aos quais o menos que se pode dizer é que tiveram muito de autopromoção. E com o Kissinger em Moscovo! Você, Eusébio, não. Sabe os terrenos que pisa e recusa-se a perder a tineta!

*

Por falar em terrenos, como vão os «rectângulos», o «tutu», o «onassis»? Consta-me que Você é prudente, que tem sabido acautelar o seu futuro. Faz muito bem, pantera! Passe à história, mas leve bagagem. Olhe que a memória das gentes é cruel!

*

Dar o Eu a Eusébio, que pretensão! Derive, derive e vire e atire sem parança, Eusébio, seu genial tragalhadanças!

Alexandre O'Neill, in Uma Coisa em Forma de Assim, um livro que, vá lá saber-se porquê, não tenho sempre comigo no bolso interior esquerdo da gabardina.

Adeus, genial tragalhadanças!

Dar o Eu a Eusébio, que pretensão! 
Derive, derive e vire, vire e atire sem parança, Eusébio, seu genial tragalhadanças.
       
                                                                                         Alexandre O'Neill


Canções para o resto da vida [desert island selection .12]

I need excitement, oh i need it bad
And it's the best, i've ever had

A música é quase sempre bem mais simples do que parece. As canções pop (pop no sentido mais genérico, entenda-se) são isso, dois ou três minutos destinados a criar uma emoção, pouco profunda se possível.
Foi isso que o punk ressuscitou, numa altura em que se temia pela saúde mental da pop, ainda na mega ressaca da explosão dos anos 60 e a sucumbir aos apelos intelectualóides da primeira metade da década que se lhe seguiu.
Esta é a canção perfeita do punk. Pouco mais de dois minutos que fazem a ponte entre as origens (Elvis, Spector, Beach Boys...) e muitas das bandas actuais de que mais gosto (Walkmen, National...).

 The Undertones 
Teenage Kicks

Canções para o resto da vida [desert island selection .11]

I just want to make you smile
Maybe stay with you awhile

Richard Hawley, rezam sempre as biografias, é um músico de estúdio. Com uma voz de ouro. Mantendo o registo de lugar-comum, poder-se-ia dizer que é o último dos românticos, o que obviamente não é verdade.
O homem está farto de passar por Portugal - romântico, helas! - e, nada estranhamente, nunca o vi ao vivo. É sempre bom ter em carteira coisas agradáveis para fazer...
Esta canção junta tudo o que é bom: guitarras lindas, uma orquestra à maneira e em crescendo, a voz de ouro e amor às carradas. Who could ask for more?


Richard Hawley 
Open Up Your Door

Capa linda


[Fragmentos, diários, agendas]

MEC, hoje no Público





Também voltei a comprar uma agenda. Um outro blogue em 2014.

Canções para o resto da vida [desert island selection. 10]

Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido. Sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!
O Primo Basílio, Eça de Queirós

É uma das canções mais felizes em língua portuguesa. Feliz em todos os sentidos.
Marisa Monte, compositora e intérprete absolutamente genial, há muitos anos que pontua a minha vida. Às vezes, fico só com ela.
O clip oficial é de uma ironia extraordinária; o excerto ao vivo é Marisa no seu melhor.

Marisa Monte 
Amor I Love You

2 de Janeiro

Este é aquele dia em que sais à rua e percebes que, apesar do que te dizem os gurus de toda a espécie e tu próprio pensaste, sentiste ou desejaste na mudança de calendário, pouco, muito pouco, tão pouco, depende de ti.

Canções para o resto da vida [desert island selection .9]

Des cheveux qui tombent comme le soir 
Et d' la musique en bas des reins 
Ce jazz qui jazze dans le noir 
Et ce mal qui nous fait du bien

Léo Ferré é o anarca, mesmo o revolucionário, que nunca fui. Preenche na perfeição essa faceta imperfeita da minha vida.
Conheci-o já ele era velho, mas sempre que o oiço é como se tomasse o elixir da eterna juventude.
Faz parte de uma outra santíssima trindade da minha discoteca afectiva - Brel, Ferré, Brassens, por esta ordem -, e foi com ele que conheci alguns poetas franceses e aprendi a gostar de algumas abordagens sinfónicas.
'C'est Extra' (1969) é das canções mais belas que conheço. Infelizmente, a wikipedia francesa retira-lhe algum mistério, ao tratá-la por "chanson érotique"... Eu ia dizer que é uma canção sobre a música.


Léo Ferré 
C'est Extra
a nossa vida, esquecemo-nos tantas vezes, é feita de pequenos momentos. de acasos, sim, mas também de muitos gestos, da nossa vontade. da vez em que dissemos sim quando antes dizíamos não, da momento em que decidimos tomar naquele dia o outro caminho para casa, do instante em que vimos pela primeira vez aquilo para que já olháramos vezes sem conta, de pegar no telefone e fazer a chamada tantas vezes adiada, de pegar no mesmo telefone e fazer a chamada que até a nós próprios surpreende, de descobrir num olhar o olhar, de bater com a cabeça na parede porque sim, de sair à rua quando tudo aconselhava a ficar, de voltarmos quantas vezes quisermos aos lugares em que fomos felizes, de voltar até aos lugares em que fomos infelizes, de acordar quando tudo dorme, de começar a ler livro pelo fim porque não interessa como acaba mas sim como se lá chega, de tomar o comprimido para dormir porque é preciso dormir, de arranjar um gato quando não se pode ter um cão, de nos sentirmos imortais todos os dias em que acordamos, de dizer, de te dizer, finalmente, que

2014. isto, exactamente



Neil Young
Heart of Gold